Quinta-feira, 7 de Maio de 2009

Voluntariado!

Voluntariado…

Era já um desejo pessoal mas o trabalho de português, “Abraça uma causa” fez-me procurar rapidamente um local para fazer voluntariado.

 

Eu já tinha pensado inúmeras vezes em fazê-lo, em dar um pouco do que tenho aqueles que mais precisam e receber deles aquilo que tem para dar.

Não dão bens materiais, não me dão popularidade, dão-me carinho e muitos ensinamentos que só eles sabem, coisas da vida real.

Descobri um local e informei-me, a partir desse dia ficou combinado que lá estaria nos próximos dias. E assim foi ….

 

Assim que cheguei, o nervosismo tomou conta de mim, senti medo de não corresponder as expectativas de quem iria ser meu amigo no futuro.

O sms para os meus amigos foram mais que muitos, o nervosismo, a dificuldade em saber o que achariam de mim e as próximas relações que iria criar fizeram-me procurar algum apoio. Felizmente todos me apoiaram e me fizeram ver que o que eu estava a fazer era realmente importante.

 

Apresentada aquela “malta jovem”, as conversas seguiram-se, dissolvendo todos os nervos, angústias e ansiedades.

Fiquei algum tempo a ouvir o que tinham para me dizer, e acreditem, tinham muito para dizer. Chocou-me em parte a necessidade que tinham em falar, a necessidade que tinham em ter alguém com quem pudessem trocar algumas palavras.

 

Hoje, os nossos avós são quase que abandonados. Ser idoso em Portugal não é fácil, é quase como não ser ninguém, as vezes é como morrer antes da própria morte chegar.

 

E o voluntariado …

 

O voluntariado é uma espécie de intercâmbio de emoções e sentimentos.

Fazer voluntariado é algo tão compensador, que nós, aqueles que o fazemos devíamos ser mais que muitos.

Para além de ganharmos amigos com muita experiência de vida, ganhamos maturidade, responsabilidade e muito carinho que só eles têm para dar.

 

Se hoje os filhos, que foram criados pelos os pais, os abandonam e os deixam a mercê do seu próprio destino… Amanha parece-me que tudo será possível.

 

Pensa lá, foram criados por eles, muitas vezes com o maior sacrifício e depois?

Depois são abandonados sem qualquer justificação, sem qualquer razão.

 

Não podemos travar este flagelo mas podemos tentar minora-lo. Fazendo voluntariado.

 

Procura um local, pensa que estás a ajudar. Não é preciso ficares sem tempo, deixares de fazer aquilo que mais gostas.É só um tempinho. Não custa nada!

 

 

 

Experimenta!   :)

 

publicado por seridoso às 17:57

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De Catarina Araújo a 19 de Maio de 2009 às 18:35
Acho que foi preciso coragem para entrares assim numa aventura, onde não sabias o que ias encontrar! Mas mais do que isso foi preciso atenção perante o que te rodeia para te teres lembrado daqueles, que apesar de não serem da nossa geração, podem ter tanto a ver connosco.
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